sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Destino?

Todos os dias ao redor do mundo, pessoas vão e vêm, de um lado para o outro, em um movimento frenético por essa imensa e redonda biosfera terrestre a qual estupidamente gentilmente chamamos, Terra . Algumas conhecidas, outras jamais vistas, mas todas com algum objetivo firmado em suas mentes, algo que as faz permanecer em constante movimento (talvez seja essa a força que mantém a terra girando o.O').  
Até aí nenhuma novidade, qualquer Pedro Bial é capaz de desvendar esse mistério, a questão maior é a seguinte: por que mesmo em meio a toda essa gente eu ainda me sinto tão indefeso e estupefacto? .-.
Eu sou uma espécie de Forever Alone perdida no meio desse povo chamado "população", como se eu estivesse lá, "enquadrada" nos padrões e "interagindo" com pessoas, mas no final do dia, tudo se parecesse mais com um tipo mais moderno e menos colorido de "Alice no País das Maravilhas". Claro que se você for uma dessas "pessoas", não vai compreender o que eu venho querendo dizer nesse post, mas é muito mais simples do que eu faço parecer com minha escrita pobre e de mal gosto pouco refinada. 
Imagine-se em um mundo onde seus habitantes não fossem capazes de se inter-relacionar, cada um cuidasse apenas do seu meio metro de terra e seguisse a vida. Um mundo como o de "Matrix", e por um acaso, no meio de toda essa falsidade, mentira e falcatrua, você escolhe a pílula que te traz a realidade, de que todos são apenas marionetes, as máquinas dominaram o mundo e os humanos são mera fonte de energia, exceto é claro, aqueles que escaparam, tal como você, ou seja, você e mais alguns gatos pingados  que sequer se conhecem, o que fazer numa hora dessas?! 
Você já não tem as mesmas opções de antes, sua mente já não é mais enganada como um dia fora, filé mignon e picanha já tem gosto de borracha para você, você sabe que aquilo não é real, que toda a história de vida, trabalho, família, e todo o resto que você já teve era mentira, já não é possível correr para o "colinho" da mamãe, ela é uma das pessoas enganadas, você precisa se virar sozinho agora.
Não, você não pode simplesmente sair por aí acordando todas as pessoas e as resgatando de serem sugadas pelos robôs, eles acordariam em choque e provavelmente morreriam. É hora de seguir em frente e deixar para trás todas as coisas que nunca foram realidade, e é nessa hora que você se torna um Forever Alone cercado de gente, quando você percebe que sua ignorância era seu porto seguro, e que o mundo de brincadeiras de Alice era muito mais confortável quanto parecia, nada de sucumbir aos seus medos infantis, nada de deixar alguém tomar decisões por você, nada de nada.
É assim que vivemos dia após dia, num mundo onde as pessoas passeiam, algumas permanecem ao seu lado, outras não, algumas serão suas de alguma maneira, outras apenas serão, mas a maioria simplesmente passa, e leva consigo algo de você, algumas características que você amava, outras que você preferiu deixar que levassem, mas sempre levam algo.
O mundo é repleto de "você's", pedaços seus levados por toda a parte, carregados por conhecidos, conhecidos de conhecidos, pessoas as quais você sente falta, pessoas que nunca mais gostaria de ver...E assim, de vários fragmentos de uma única pessoa, e de outros bilhões, é formada essa gigantesca esfera de massa flutuante, um planeta onde todos estão unidos por algum motivo, e separados por milhares de outros. Um mundo de Forever Alones...
  

4 comentários:

  1. Para contribuir, uma frase de Matrix, ditas por Cypher (acho que é assim que se escreve):

    - A ignorância não é uma benção?

    Talvez sim, pois através da ignorância nós podemos ser felizes. Já disse algum filósofo aí: "Quanto mais conhecimento se tem, maior é a tristeza, pois nota-se o quão deficientes são as coisas do mundo". O pior, é que todo conhecimento é algo sem volta, pq vc não pode simplesmente deixar de entender alguma coisa depois que compreende como ela funciona. É o conto de Alice, como você disse, é o despertar da Matrix, é a Caverna de Platão, é a loucura dos sábios. Ou seja, é mais normal do que a princípio parece.

    Pegue qualquer pessoa que alega ter sua vida completamente feliz, e verá que o segredo para tal é buscar a ignorância; não acredito que essas pessoas são ignorantes, longe disso, apenas que algumas souberam encontrar um ponto de fuga dentro dessa ignorância para seguirem felizes. Quando a verdade tentar fazer vc enxergar alguma coisa, agradeça. Quando ela tentar te deixar para baixo, vá para o ponto de fuga. Não estou dizendo que uma vida de hipocrisia seja melhor, mas que uma vida levada menos "a sério", nos poupará de muitas desilusões.

    O ser humano, de um modo geral é uma criatura solitária. É fácil olhar para qualquer lugar com várias pessoas indo e vindo para notar esse padrão comum.
    Ninguém sai se cumprimentando na rua, ninguém liga de contar piadas à todos em um ônibus cheio, ninguém quer sorrir na claustrofobia de um metrô. Ou seja, todos carregamos apenas nós mesmos nos ombros, pq ninguém faz isso por nós.

    Mas aí, pode até ter um outro padrão interessante no meio de tanta gente, que são os bandos. Pessoas agrupadas com algum objetivo em comum, mas geralmente é cada uma por si interligadas na ilusão de que estão em grupos. A natureza nos leva a criar uma zona de conforto quando nos sentimos aceitos dentro de algum "bando", pois é assim que a sobrevivência parece ser mais fácil. Alías, é assim que a sobrevivência É mais fácil. Seria como ver alces partilhando uma vida de sossego, completamente unidos em uma análise primária, mas correrão cada um por si na chegada do predador feroz.

    Diante de um predador é possível descobrir se alguém cederá a vida por nós próprios (pouco provável), ou se estará ao nosso lado, se fugirá ou será indiferente. Posso te dizer que eu já me surpreendi quanto a isso, quando vi que pessoas das quais nunca imaginei se importarem comigo surgirem em um momento ruim; esses fragmentos que recebemos nos faz sermos menos Forevers Alones, pois nossa existência e caráter só existe pelos fragmentos que recebemos. Doamos parte de nós, como você disse, e quando bem aproveitados, contribuímos para que alguém não seja tão Forever Alone. Esses fragmentos é que fazem a diferença, pois a mutação do tempo não está ao controle de ninguém, mas os pedacinhos de tudo estão, e isso é o que faz a diferença no final das contas, não é?

    Quantas pessoas legais e interessantes, que poderiam ser os melhores amigos de toda sua vida não existem nesse planeta? Quantas pessoas que encontramos no dia a dia que poderiam partilhar histórias fantásticas e nos ensinar coisas que nem fazíamos idéia existir? Professores que contribuem para o desenvolvimento de tantas pessoas que nunca se quer reconhecerão isso. E mesmo assim, nada precisa ser motivo para depreciar um Forever Alone, simplesmente porque eles são maioria, embora muitos nem façam idéia disso. Um brinde à ignorância, e um voto de ignorância para nós mesmos.

    E só para finalizar, a melhor reflexão que tive de Lost: "Viveremos juntos, mas morremos sozinhos". E essa é a única profecia concreta sobre o curso natural de todos, onde não importa o que façamos, pois mesmo quem discorda e acredita não ser um Forever Alone hoje, algum dia será. O conceito a ser aplicado nesse caso, e que é a grande questão, é: Qual a melhor forma de se viver juntos, de estar no meio de "bandos"? Onde estará o ponto de fuga para a ignorância que vale a pena no momento atual?

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  2. ixi, acho que me empolguei e escrevi demais rs

    Desculpa pelo texto gigantesco, eu te juro que iria colocar um comentário rápido, mas quando vi, já nem cabia no limite de caracteres para enviar, e ainda tive que remover uma outra parte rs

    Enfim, é isso que eu acho... Vou parar porque se não me empolgo de novo! xD

    Destino é isso, pertinente a imaginação. Realidade é aquilo, pertinente à situação.

    "E assim caminha a humanidade..."

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  3. Seu comentário tá maior que meu texto kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  4. Te trollei nos comentários, né? xD
    Da próxima vez eu manero um pouco rs

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