terça-feira, 10 de abril de 2012

Um Fado da Vida

Não me dói o fato da despedida, 
Mas a ausência presente que se desenvolve.
Não sofro, nem choro pela vida que segue,
Mas sim por um momento em que sequer houve vida.


Já estive acompanhada por objetos,
E sozinha rodeada de amigos.
Sorri enquanto as páginas do livro se viravam,
E sucumbi ao conversar com quem amava.


Perdi noção de realidade e estive feliz,
Encontrei o que era real e entristeci.
Acreditei que o mundo fosse mais e busquei saber,
Encontrei esse mais, mas fiz questão de perder.


Morri diversas vezes enquanto jogava,
Mas vivi intensamente.
Vivi apenas uma vez, 
Mas uma vez bastou pra que eu morresse.


By Tamiris Santana (Ainda não revisado)

6 comentários:

  1. O que posso constatar, se não um fado interessante?

    Dessa tua obra, na bela conjuntura das palavras, notei apenas um ponto convexo: para a autora, é (ou acredito que seja) impossível saber quantas camadas será capaz de atingir a quem lê, e para o leitor, ele nunca saberá quantas camadas conseguiu captar daquilo que a obra propõe.

    Então, deixarei de lado a complexidade que há por trás de tudo o que não pude compreender, e resguardo aqui apenas um sentimento que me sobressaiu ao término da leitura: O fado da vida é muitas vezes triste, mas ainda assim precisa ser vivido.

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    Respostas
    1. "A verdadeira poesia não diz nada, apenas destaca as possibilidades. Abre todas as portas. As pessoas podem atravessar aquela que se lhes ajusta." Jim Morrison

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    2. Lindo!!! E obrigada, pela educação, pelas palavras, as daqui, dos outros comentários, das aulas, das mensagens no Face, foram e serão impulsos ótimos por muito tempo, acho que pra sempre! Ajuda a continuar tentando ^^

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